Histórico



Em junho de 2007, o Documentário ‘Ilha das Flores’, despertou um grupo de mulheres da Igreja Batista de Mont’Serrat (IBMS), Porto Alegre/RS, para a busca de uma mudança social em sua cidade através de uma rede integrada de ações.

O curta metragem produzido em 1989, premiado, mundialmente, como um ‘ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo’, apresenta Porto Alegre como pano de fundo para a denúncia do descaso com a miséria mundial. Embora não tenha sido filmado na Ilha das Flores, mas em Ilhas vizinhas, o filme traduz e expõe a vulnerabilidade humana, contrasta as desigualdades sociais de uma sociedade egocêntrica e denuncia o descaso, apresentando cenas de mulheres e crianças se alimentando de restos de comida de porcos.

Com a clareza de que não podemos ser ‘ilhas’ e nos isolar dos problemas foram realizadas visitas na Ilha das Flores para conhecimento da realidade local e, à pedido da Associação de Moradores, foi oferecido apoio nas suas festividades comunitárias (set/dez/2007).
Em julho de 2008, foi promovido um ‘Chá de Fraldas’ para mulheres gestantes e mamães de bebês onde foi oferecido um delicioso Chá da tarde e enxovais e presentes para os bebês e crianças. Inspiradas na apresentação da história bíblica de JOKEBED (mãe de Moisés – um dos maiores líderes da história), as mulheres da Ilha das Flores solicitaram a ministração de Cursos de Artesanato na localidade e apoio na preparação da alimentação e orientação quanto aos cuidados com suas famílias.

O contato semanal com a Ilha e com os desafios de seus moradores marcaram tão significativamente as mulheres da IBMS que várias ações foram desencadeadas, até a criação do Instituto de Educação e Desenvolvimento Humano (fev/2009). Em julho de 2010, foi recebida a documentação necessária para a liberação do uso integral do prédio sede, inclusive para construção, implantação e manutenção da COZINHA COMUNITÁRIA ILHA DAS FLORES.

Muito ainda precisa ser feito, e nem pensamos em parar! A Ilha das Flores, com as suas típicas famílias de trabalhadores, pescadores e recicladores de lixo, apresenta-se apenas como um ícone das múltiplas necessidades de nossa cidade e Estado. É necessário o ‘tramar de uma rede social’ que alcance cada família e cada criança, levando a LIBERDADE que provém da fé, da esperança e do amor. O aproveitamento dos recursos e a reutilização dos esquecidos valores morais podem auxiliar num despertamento social, que vá muito além da contemplação lúdica e distante das necessidades humanas que nossos semelhantes apresentam, e que poderiam ser, e são, as nossas próprias necessidades.

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